sábado, 11 de setembro de 2010
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Ou me quer e vem, ou não me quer e não vem. Mas me diga logo para eu possa desocupar meu coração. Avisei que não dou mais nenhum sinal de vida, e nao darei. Não é mais possivel. Não vou me alimentar de ilusões. Prefiro reconhecer com o máximo de tranquilidade possível que estou só do que ficar mercê de visitas adiadas e encontros transferidos. Sabe aqueles discursos de pobres que a gente faz para amigas ... aqueles discursos do tipo: 'Por que ele não se decide?' 'Eu não mereço isso' 'O que eu tenho de errado?' Pois é. Chega uma hora que a gente entende que tudo acontece porque a gente permite que aconteça ... pelo menos a minha realidade é assim. Algumas idas e vindas acontecem, porque eu permiti que elas acontecessem. Mas chega uma hora que você ve que precisa amadurecer, crescer, resolver histórias mal resolvidas, e se não quiserem resolver com você, você simplismente esquece. Porque você percebe que é especial e que merece coisas boas, que não merece mais aquele discurso que começa com: 'É porque eu não tenho certeza ... me desculpa'. Chega um momento que você é capaz de dizer: 'Então tá, seja feliz' Até chegar esse nível são muitos os sofrimentos, muitas pancadas, coração sendo destruido e reconstruindo inúmeras vezes. Mas porque nós permitimos E eu não permito mais. Não permite mais ficar sempre na dúvida. Não permite mais viver presa a uma coisa incerta e se por acaso nos encontrarmos , vai ser lindo. Se não, não há nada a fazer. Pé na estrada e viva o novo
Caio Fernando Abreu
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Um comentário:
Admiro muito Caio F. Abreu, tem textos ótimos!
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